- A Morte à Minha Espreita

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Sou uma sombra na noite,
Vagueando por entre vultos e bêbados
Um reflexo vazio à luz da Lua,
Á procura de vida...
Da altivez da sua pele,
Onde as minhas gélidas mãos sintam o sangue correr
Quente e doce,
Onde o desejo queima a minha alma
Intenso e lento, até saciar a minha fome
Da tua carne e dos teus sonhos
Vivo através de outras vidas
Tendo a morte á minha espreita,
A escuridão acompanha-me, o sangue mantém-me
Enquanto os mortais celebram Morpheu
A angústia paira sobre as suas cabeças
Um perfume inebriante está ao redor
Transformando o que era receio em ansiedade
Uma lágrima cai enquanto o sangue escorre
Por entre os meus dedos,
Percorrendo um corpo febril,
Sem dor, sem medo,
Apenas o torpor dos meus caninos sedentos
Embriagando as suas almas em delírios,
Marcando as suas veias e seu destino,
Lábios ensanguentados proferem ternas palavras
Enquanto a pálida alma se entrega
A um olhar que atravessa os sentidos,
Mas sem se permitir atravessar,
Olhos que zelam por teu sono
Clama por meu nome em noites densas
Pois a dor é somente um sonho
Até o amanhecer...

2 comentários:

  1. Quando você escolher desistir,
    seus caminhos acabam se tornando um só.

    Qualquer força contrária será em vão.

    De repente ele parou de se lamentar,
    e aos poucos foi parando de falar com as pessoas.

    Nada importava muito desde que decidiu
    largar tudo o que era ruim.

    O silêncio tomou conta de sua face,
    como o dia que cuidadosamente fecha os olhos.

    Fazia parte do plano deixar o que parecia real, e viver o seu mundo irreal.

    Da última vez, foi visto irreconhecível na noite.

    Pela primeira vez ele parecia feliz.

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