- Vagando
Vagamos neste mundo, como almas, pelo destino
marcadas, carregando cruzes que não pedimos, punidos sem julgamento,
atiçam-nos nossos desejos, nossas vestes, já rasgadas, desnudas carnes ameaçam-nos incendiar, a qualquer momento!
Tentei ser eu mesmo, livrei-me das cadeias sem
nexo, que os limites do senso comum,
a meu corpo,
impunham, coração libertei, dei asas ao anjo do meu próprio sexo, novas marcas me adornaram, agora, minha dor, testemunham!
Num conflito entre as forças primevas,
Yin e Yan
do desejo, campo franco entreguei às batalhas, sem temor, sem Ira, por um olhar de atenção que fosse, por um simples beijo, arderam-me as carnes,
consumidas, como que numa pira!
Em meio a tantas desditas, tanto sofrimento sem
causa, fui levado, da loucura às raias,
meus limites a encarar, me deixei seduzir,
aceitei nesta guerra,
armistício, pausa, na esperança, que a bonança, pudesse estas chagas curar.
Mas era tarde demais, e só agora disto me dei
conta, pois ferida de amor não se cura,
apenas se
enterra, e na batalha em que estejam os sentimentos em jogo, melhor seria deixar-se consumirem as carnes em fogo, que acreditar poder esconder,
sentimento de tal monta, pois o coração, sempre será a vítima maior desta guerra!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário